Tipos de Capacetes para motos
Temos basicamente três tipos de materiais para capacetes: ABS ou plástico injetável, fibra de vidro e os multicompostos, geralmente feitos com materiais como Kevlar®, carbono e outras fibras mais leves e resistentes da gama.
Saber diferenciar suas características e se atentar ao material usado no momento da escolha do capacete é determinante para garantir a compra de um produto seguro e adequado à sua necessidade.
O principal fator quando se trata da composição do capacete para moto, além de peso e qualidade de acabamento, está na sua capacidade de dissipar a energia gerada em caso de impacto. Para entender melhor, imagine uma bola de basquete e uma bola de futebol de salão. A quantidade de “quicadas” no chão da bola de basquete será maior que a da bola de salão, certo?
Agora, aplicando esta analogia aos materiais que existem na fabricação dos capacetes, o ABS tem o efeito da bola de basquete, já a fibra de carbono e os compostos com Kevlar® têm o efeito da bola de futebol de salão. Em caso de queda você não vai querer que sua cabeça tenha consecutivos impactos com o solo, e sim que o capacete "amorteça" e dissipe o máximo possível da energia gerada pelo impacto, o que evitará ou, no pior dos casos, amenizará as lesões da queda.
Como funciona a certificação de Capacetes para motos?
Aqui no Brasil nós temos a certificação do Inmetro que regulamenta as normas técnicas para a fabricação e controle de qualidade dos capacetes. Descrição que está na NBR 7471, mas nem por isso basta apenas comprar um capacete certificado. Infelizmente, muitas marcas atendem SOMENTE as exigências mínimas para serem certificadas, e no caso de um acidente, não é exagero dizer, que irão proteger você o mínimo possível. Neste cenário, rodar com um capacete de primeira linha é um investimento de essencial importância.
Na Europa, precisamente no Reino Unido, existe a SHARP (Safety Helmet Assessment and Rating Programme), um programa do governo britânico que é considerado um dos mais rigorosos do mundo para testar a qualidade de capacetes. Quanto mais proteção, mais estrelas ganham na pontuação do SHARP; já nos EUA, a certificação é a DOT. Uma dica é verificar se o capacete que você está adquirindo ou vai adquirir tem alguma dessas certificações. Isso significa dizer que ele passou por testes mais exigentes que os do Inmetro, além de serem equipamentos vendidos em um mercado mais maduro e que demanda mais qualidade que o brasileiro.
Se quiser saber como o teste de capacete é feito confira o vídeo:
Falando mais sobre tipo e estilo de capacetes, temos basicamente: o aberto, muito utilizado nas cidades, mas que é o menos recomendado, pois não protege o rosto; os fechados, os fechados escamoteáveis e os próprios para modalidades como o off Road.
Como limpar o capacete de moto, cuidados e higienização:
1- Limpeza interna – algumas marcas permitem a lavagem com água e sabão, mas sempre mantenha o equipamento bem arejado, para prevenir a proliferação de bactérias que podem proliferar devido ao suor.
2- Limpeza externa – siga as instruções do fabricante sempre! Na hora da limpeza sempre use um pano macio para evitar riscos.
3- Limpeza da Viseira – utilize apenas água e sabão, use as mãos para evitar arranhões. A viseira é de extrema importância e deve ser cuidada com atenção.
4- Mantenha o capacete sempre em local plano e bem ventilado!
Como saber a hora de trocar o seu capacete?
Por lei, ele é válido por até 3 anos, mas vamos a grande pergunta... "posso ser multado se o capacete estiver fora da validade?" Não necessariamente. A lei diz sobre as condições do equipamento, neste caso, o ideal é que ele não tenha sofrido queda ou impacto, esteja com todas as espumas internas firmes, a cinta e a trava do capacete 100% intactas e que a viseira permita uma perfeita visualização.
Em resumo, para ter mais segurança e investir em um bom equipamento, você deve:
- Fugir dos modelos feitos somente em ABS/Plástico. Invista em capacetes mais reforçados.
- Ter no mínimo a certificação do INMETRO, mas busque equipamentos que atendam normas estrangeiras.
- Certificar-se que o enchimento interno esteja firme, não permitindo que o capacete gire na cabeça e deixando a face o mais apoiada possível.
- Dar preferência aos capacetes com travas do tipo fivelas, iguais aos usados em competições. Eles são mais seguros que os de encaixe rápido e não se soltam em casos de impactos ou quedas mais abruptas.
- Conter adesivos retro refletivos com pelo menos 18 cm.
- Ter um sistema de viseira que vede perfeitamente seu rosto, evitando totalmente a passagem de água, poeira e outras sujeiras, quando fechado.
- Possuir um capacete que permita a troca da viseira, para que, em casos de avarias mais severas, não seja necessário substituir o capacete inteiro.
